sexta-feira, 27 de abril de 2012

com surgiu o axé music

As origens do axé estão na década de 1950, quando Dodô e Osmar começam a tocar o frevo pernambucano em rudimentares guitarras elétricas (batizadas de guitarras baianas) em cima de uma Fobica (um Ford 1929)[1].Nascia o trio elétrico, atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1968 na canção "Atrás do Trio Elétrico". Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a ideia de subir num trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music. Paralelamente ao movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos-afro: Filhos de Gandhi (do qual Gilberto Gil faz parte), Badauê, Ilê Aiyê, Muzenza, Araketu e Olodum. Eles tocavam ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue. No dia 09 de julho de 2011, Luiz Caldas, convidado do Jô Soares, informou que a origem do Axé, foi após uma criação sua, pois o carnaval baiano utilizava o frevo nas festas, foi então que Caldas, trouxe para Bahia uma nova identidade inigualavél. Hoje Luiz Caldas é cantor de heavy metal.
Com a cadência e as letras das canções de Bob Marley nos ouvidos, o Olodum criou um ritmo próprio que misturava Axé, Música Latina, Reggae e também Música Africana, estilo com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso em Salvador dos anos de 1980 com artistas como Lazzo, Tonho Matéria, Gerônimo e a Banda Reflexus – as canções chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá passavam férias. Logo, Luiz Caldas e Paulinho Camafeu tiveram a ideia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu em 1986 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: "Fricote", gravado por Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos tambores em mistura de alta octanagem.
Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: Lazzo, Banda Reflexus (do sucesso Madagascar Olodum), Sarajane, Cid Guerreiro (do Ilariê, gravado por Xuxa), Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile, blocos-afro e trios elétricos), Banda Cheiro de Amor (com Márcia Freire e Margareth Menezes, a primeira a engatilhar carreira internacional, com a bênção do líder da banda americana de rock Talking Heads, David Byrne). Pouco tempo depois, o Olodum estaria sendo convidado pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco The Rhythm of The Saints.

Guinada para o frevo e pop rock

Aquela nova música baiana avançaria mais ainda na direção do pop em 1992, quando o Araketu resolveu injetar eletrônica nos tambores, e o resultado foi o disco Araketu, gravado pelo selo inglês independente Seven Gates, e lançado apenas na Europa. No mesmo ano, Daniela Mercury lançaria O Canto da Cidade, e o Brasil se renderia de vez ao axé. Aberta a porta, vieram Asa de Águia, Banda Eva (que nasceu do Bloco Eva e revelou Ivete Sangalo), Banda Mel (que depois assinaria como Bamdamel), Banda Cheiro de Amor, Ricardo Chaves e tantos outros nomes. A explosão comercial do axé passou longe da unanimidade. Dorival Caymmi reprovou suas qualidades artísticas, Caetano Veloso as endossou. Das tentativas de incorporar o repertório das bandas de pop rock, nasceu a marcha-frevo, que transformou sucessos como Eva (Rádio Táxi) e Me Chama (Lobão) em mais combustível para a folia.
Enquanto o axé se fortalecia, alguns nomes buscavam alternativas criativas para a música baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada, grupo de percussionistas e vocalistas liderado por Carlinhos Brown (cuja música "Meia Lua Inteira" tinha estourado na voz de Caetano), que veio com a proposta de resgatar o som dos timbaus, que há muito tempo estavam restritos à percussão dos terreiros de Candomblé. Paralelamente à Timbalada, Brown lançou dois discos solos – Alfagamabetizado (1996) e Omelete Man (1998), que com sua autoral incorporação de várias tendências do pop e da MPB à música baiana, obteve grande reconhecimento no exterior. Além disso, ele desenvolveu um trabalho social e cultural de alta relevância entre a população da comunidade carente do Candeal, com a criação do espaço cultural Candyall Guetho Square, o grupo de percussão Lactomia (para formar uma nova geração de instrumentistas) e a escola de música Paracatum.
Enquanto isso, os nomes de sucesso da música baiana multiplicavam-se: aos então conhecidos Banda Eva, Bamdamel, Araketu (que em 1994 vendeu 200 mil cópias do disco Araketu Bom Demais), Chiclete com Banana e Cheiro de Amor, juntaram-se o ex-Beijo Netinho e os grupos Jammil e Uma Noites, Pimenta N´Ativa e Bragadá.

 Declínio e surgimento do samba reggae

Depois da década de 1990 a intitulada Axé Music perdeu forças. Desta forma, os gêneros musicais brasileiros, até mesmo o pagode, saíram do sucesso máximo nas rádios, bares, restaurantes e clubes.
Os ritmos que compõem o movimento mercadológico da Axé Music continuam a existir, mas os lançamentos dos mais famosos artistas de Axé estão com poucas vendagens de discos e gravagens repetitivas. Paralelamente, surgiu uma nova manifestação musical no estado da Bahia que trouxe o samba de volta à música baiana, mas agora não na forma de samba-de-roda, mas uma mistura entre o samba, às vezes pagode, aliada à melodia reggae das músicas latinas e a presença do carácter de negritude com os atabaques na música. O samba-reggae, como é chamado por artistas famosos, apesar de ter origem na Bahia, não é considerado Axé e sim um estilo da Música Popular Brasileira independente e inovador.
FONTE:WICKIPEDIA LIVRE

Um comentário:

dri disse...

Hoje, como de costume, acordei ouvindo o que meus vizinhos ouvem, eles já passaram por muitas fazes, lambada, funk, brega, Patati Patata, Calypson entre outras.
Me deu uma grande vontade de escrever sobre isso, sobre variedade de gostos, tá bom, tá bom, vou confessar, me deu vontade foi de chamar a atenção para o teor de poesia, de amor, de arte nessa lindas letras, olhe o exemplo ao lado, isso sim é que é descrever uma coisa rotineira, uma diversão dos dias de hoje, Joelma transformou o Bate-papo numa coisa tão romântica *_*. Não vamos acusar só uma pessoa, temos que admitir; a musica nos dias de hoje está com um incrível baixo nível, e as coisas se complicam ainda mais aqui para o nosso lado do brasil, nosso que rido Nordeste, Nosso querido Ceará. veja o video a seguir.